Dezessete anos depois do acidente em que perdeu a perna direita, o velejador Lars Grael fez história neste domingo (dia 8). Ao lado do proeiro Samuel Gonçalves, o duas vezes medalhista olímpico entrou para o rol de campeões mundiais de uma das mais prestigiosas classes da vela, a Star. Em Buenos Aires, na Argentina, Lars, aos 51 anos, pôde finalmente colocar na vela principal do barco a famosa estrela dourada da classe.
Lars Grael e Samuel Gonçalves (Foto: Matias Capizzano)
Ao conquistar o título do Mundial de Star, Lars se juntou a outros grandes nomes da vela brasileira e internacional: seu irmão Torben Grael, Robert Scheidt, Marcelo Ferreira, o dinamarquês Paul Elvstrøm, o americano Paul Cayard, entre outros.
“O Mundial era um título que eu perseguia há muitos anos. Fui bronze em 2009, quarto em 2010, em 2013 não fomos bem, ano passado vencemos duas regatas, mas tivemos uma largada escapada e este ano tudo certo”, disse Lars, que teve a companhia da esposa Renata, que dá nome ao barco, e dos sobrinhos Martine e Marco Grael, que disputaram o Sul-Americano de 49er e 49erFX durante a semana, em Buenos Aires.
Lars e Samuel: melhores do mundo na Star (Foto: Matias Capizzano)
Na outrora classe olímpica, Lars teve bom desempenho ao longo da semana. Com o parceiro Samuel, venceu uma regata, chegou em terceiro em duas, em sétimo em outras duas e descartou um 11º lugar, seu pior resultado na competição. No total, teve 21 pontos perdidos. A prata ficou com outra dupla brasileira, Marcelo Fuchs e Ronald Seifert, com 30 pontos perdidos. O bronze foi para os italianos Diego Negri e Sergio Lambertenghi, com 31 pontos perdidos.
Dobradinha brasileira com Marcelo Fuchs e Ronald Seifert (Foto: Matias Capizzano)
“Foi uma conquista muito importante para a minha carreira e para o Samuel, por tudo o que a vela e o Projeto Grael representam para nós. Foi um campeonato em que a média de resultados era muito importante. Começamos vencendo a primeira regata e os outros bons resultados foram importantes no final, pois tínhamos o melhor descarte. A última regata foi tensa, mas tivemos uma boa largada, com um bom posicionamento tático e desde a primeira boia éramos os possíveis campeões mundiais. Posso dizer que foi uma regata de muito cálculo estratégico. Deu tudo certo. Estamos muito felizes com este título, que é importante também para a vela brasileira”, afirmou Lars Grael.
Em 2015, Lars conquistou o bicampeonato da Bacardi Cup, feito inédito para um brasileiro. Depois vieram os títulos do Brasileiro, do 7º Distrito, do Carioca e o terceiro lugar no Sul-Americano.
Resultado final do Mundial de Star após seis regatas:
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